sábado, 30 de outubro de 2010

Eu quero uma cidade de cidadãos


Tentei ser sintético, mas fica difícil quando um programa de governo não é só uma lista de obras e sim um conjunto de diretrizes que desencadeará centenas de obras, ações, comportamentos e compromissos para promover uma transformação positiva em determinada sociedade.
O Programa de Governo da Frente Popular – de Camilo Governador e Dora Vice – que acessei tem 49 páginas de diretrizes e ações programáticas que se multiplicarão em várias ações pontuais. São 9 eixos temáticos – desenvolvimento econômico; desenvolvimento social; desenvolvimento humano; meio ambiente; ciência, tecnologia e inovação; infraestrutura; planejamento gestão e fazenda; comunicação social e terceiro setor. Todos se desdobram em ações de mudanças propositivas e positivas que abordam o conjunto setores que produz, se inter-relaciona, participa e forma o estado do Amapá, com enfoque claro e inegável na população como um todo e em cada pessoa, com suas necessidades e peculiaridades, individualmente.
A construção do Programa de Governo da Frente Popular, por si só, representou um desafio e é um compromisso com a diversidade que compõem o estado, com suas percepções, necessidades e propostas diferenciadas, que se somam, promovem o crescimento e revelam a riqueza que são a natureza, as culturas, as pessoas, enfim, o estado do Amapá, mas que foi engessada e oprimida nos últimos 7 anos.
O Programa de Governo da Frente Popular não limita o poder público a um prestador de serviços de qualidade, que é sua obrigação constitucional mais elementar. Nem apenas riscou uma lista de obras a serem feitas por qualquer bom administrador.
O Programa de Governo da Frente Popular foi construído pelos inúmeros segmentos que são o Amapá e que farão do Governo do Estado um promotor de desenvolvimento do qual participam todos os cidadãos e cidadãs. Uma sociedade com igualdade, respeito, geração e distribuição de renda e promotora de justiça social. Uma sociedade baseada na cidadania, garantidora de direitos e cumpridora dos deveres, sem desmerecimento de nenhum dos setores que formam esse conjunto.
Ao estabelecer a pessoa – e todos os seus direitos já garantidos e suas necessidades – como o início das ações, não há dúvida que o Governo da Frente Popular deverá mobilizar esforços muito grandes para atingir o objetivo proposto. Nenhum setor será desconsiderado – com exceção, sem dúvida, daqueles que veem os cofres públicos como fonte inesgotável para obtenção ilegal de dinheiro, favores e recursos, crimes contra todo o conjunto social, que envergonha e causa danos graves diretos e indiretos.
Para a Frente Popular, o cidadão e a cidadã devem ter respeitada sua vida, tal como ela é, desde antes mesmo de nascer. Daí programas de lhe deem integridade plena desde o pré-natal. Uma família bem estruturada, que more numa residência digna, dotada de serviços públicos de qualidade para fornecimento de água, esgoto e energia, com pleno emprego e renda, com escola, capacitação, cultura, esporte, lazer, comunicação para crianças, jovens, adultos, deficientes e idosos, atenção plena à saúde – médica, odontológica, psicológica – conforme cada uma das faixas etárias; que tenha locomoção acessível e segura priorizando o transporte coletivo de qualidade e com preço justo; que possa andar pelas ruas com segurança; que tenha acesso à informação livre e democrática.
Isso implica em fazer funcionar o acompanhamento pré-natal, a maternidade, os hospitais e centros de atenção à saúde específicos, as creches e as escolas; reformar, reequipar, construir novas estruturas públicas e firmar parcerias toda a vez que for necessário; capacitar, valorizar, remunerar e cobrar resultados aos servidores públicos de absolutamente todos os setores e contratá-los por concurso público; incentivar, pesquisar e fazer chegar até os usuários as tecnologias de produção, exploração sustentável, comercialização e dar a estes o incentivo, a assistência técnica e os financiamentos necessários para seu desenvolvimento e, com isso, promover a geração de emprego, renda, receita pública e riqueza para todo o conjunto da sociedade; reformar, adequar e construir a infraestrutura necessária como rodovias, ciclovias e outras vias de acesso, portos, aeroporto, redes de internet, prédios públicos como escolas, hospitais, postos policiais; pontes, viadutos, sinalização de trânsito, moradias populares; e uma gama sem fim que são as estruturas públicas para o fim que se propõe que é garantir qualidade de vida plena a cada cidadão, cada cidadã.
O detalhamento que implica cada uma das diretrizes seria, agora, longo e cansativo, mas cada leitor pode imaginá-lo – e propô-lo à Frente Popular – até onde seu conhecimento, criatividade e bom senso permitirem.
Os meios tecnológicos para que se faça isso estão há tempos disponíveis. O Governo do Estado do Amapá tornou-se, em Brasília, mau exemplo de unidade da federação que devolveu recursos por falta de interesse ou por incompetência na elaboração de um projeto. Não fosse isso, o aporte de recursos federais e de recursos externos teria sido maior. Mesmo assim, os recursos orçamentários transferidos pelo Governo Federal cresceram duas vezes e meia desde 2002. Por outro lado, a diminuição no retorno do ICMS ao governo estadual mostrou que a economia local, no mínimo, entrou em processo de estagnação nos últimos 7 anos, em grande parte pela falta de perspectiva dos empresários para fazerem novos investimentos e pela ausência de políticas públicas, seja no fomento e crédito, seja no acesso à informação e tecnologia. Os recursos, portanto, também estão disponíveis e os meios para aumentá-los como resultado do crescimento econômico do estado também.
Agora, temos também a determinação política de fazer essa mudança. É preciso devolver o estado do Amapá para a população do estado do Amapá, de todos os municípios, de todos os segmentos, de todos os setores, em vez da apropriação pelo pequeno grupo, como se viu recentemente, e que não deu, nem nunca dará, resultados positivos para o coletivo. Em resumo, é possível fazer do Amapá um lugar onde você tenha uma vida com qualidade, assim como todos os que você olhar na sua volta, em qualquer lugar do Amapá onde você for. Quando toda a humanidade busca novos modelos de convívio social e com o lugar onde vive, o Amapá pode, por que tem potencial humano e ambiental para isso, para tornar-se exemplo positivo para o país e para o mundo.
Decidir é o primeiro passo que nos leva a mudança.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Prá comparar. Só um comício tinha muita gente mesmo!

Resolvi comparar as fotos dos últimos comícios no AP. A foto do Camilo 40 recebi da Márcia do Carmo. A de Lucas Barreto 'roubei' do blog da Alcinea. A primeira, aberta, cheia de gente,leve e sem barreiras ao olhar. A segunda, fechadinha...



terça-feira, 26 de outubro de 2010

Magno Malta repudia ataques dos adversários de Camilo Capiberibe



O Senador da República pelo Estado do Espírito Santo Magno Malta (PR-ES) esteve na manhã desta terça-feira, 26, em Macapá para prestar apoio ao candidato ao governo do Amapá Camilo Capiberibe (PSB) e à vice Dora Nascimento (PT).

O evento realizado pela “Frente Evangélica Pela Mudança” que apoia Camilo Capiberibe e Dilma Rousseff para presidente reuniu centenas de lideranças no auditório BM, que fica no bairro Buritizal. Magno Malta é Presidente da Frente Parlamentar de Combate à Pedofilia.

Em entrevista coletiva à imprensa, o senador capixaba repudiou os ataques dos adversários do candidato Camilo Capiberibe que vem sendo veiculados no horário eleitoral. “O que eles estão fazendo no Amapá é o que os adversários da Dilma estão fazendo. Atacam a honra das pessoas e atacam a família”, disse.
Malta lembrou a história de luta do senador eleito pelo Amapá João Alberto Capiberibe (PSB) e da deputada federal Janete Capiberibe (PSB) contra a ditadura militar. “A luta de vocês deu a mim a chance de eu ser senador da república”, afirmou o senador, ao criticar a postura dos adversários quando tentam discriminar o local de nascimento do candidato Camilo. “Se o Camilo nasceu no Chile é porque Capi e Janete estavam exilados, lutando pela democracia do nosso País”, ressaltou.
Camilo Capiberibe agradeceu o apoio do senador Magno Malta e disse que a estratégia dos adversários é tentar confundir o eleitor. “Eu não aceito esse ataque covarde, que é o pior ataque que tem”, lamentou.
Após a coletiva de imprensa, o senador Magno Malta encerrou agenda no Amapá, ministrando palestra sobre o tema “Vida Cristã e Cidadania”.

(Comunicação da Frente Popular)

PF prende mais sete por desvio de verba no Amapá


Terça-feira, 26 de outubro de 2010 Pág. A7
Política
Ana Paula Grabois


Mais sete pessoas foram presas ontem no Amapá pela Polícia Federal na segunda fase da Operação "Mãos Limpas". A operação prendeu 18 pessoas no mês passado, entre elas o governador e candidato derrotado à reeleição Pedro Paulo Dias (PP), o ex-governador Waldez Góes (PDT) e a sua mulher, a deputada estadual eleita Marília Góes (PDT). Ontem, foram presos mais parentes do prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), e de seu primo, o ex-governador Waldez Góes, também derrotado na disputa pelo Senado. Waldez e Pedro Paulo ficaram 10 dias presos.

A Operação da PF investiga desvio de verbas públicas por políticos e servidores do governo do Amapá, prefeitura de Macapá, assembleia legislativa e superintendências de órgãos federais no Estado. O desvio é estimando em, no mínimo, R$ 300 milhões e pode chegar a R$ 800 milhões em um esquema de fraude em licitações.

Da família do prefeito foram presos preventivamente seu irmão Humberto Góes (chefe de gabinete do prefeito), além de Hugo Góes e Jardel Góes, primos do prefeito com cargos comissionados na administração municipal. Também foram presos os empresários Carlene Genaque e Alexandre Albuquerque, que participariam do esquema em licitações. Albuquerque foi preso em setembro, solto e preso novamente ontem por ameaçar testemunhas do caso. O servidor Luiz Adriano Ferreira, que trabalhava na comissão de licitação municipal, e a ex-secretária de Ação Social Hécia Maria Souza também foram presos.

O prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), não foi preso. Investigado por suposta participação nas fraudes da prefeitura, foi levado para prestar depoimento depois ter ter sua casa cercada na manhã de ontem. Estão presos desde 10 de setembro em Brasília Aldo Alves Ferreira, ex-corregedor da PF no Amapá e que ocupava a Secretaria de Segurança do Amapa e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Júlio Miranda.

Ontem a PF cumpriu 25 mandados de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão no Estado. Desde o início da operação, a PF tem realizado buscas e apreensões diariamente.

O Amapá terá segundo turno para escolher o futuro governador. A disputa é entre o deputado estadual Camilo Capiberibe (PSB) e Lucas Barreto (PTB). Camilo é filho do ex-governador João Capiberibe (PSB), cuja eleição neste ano para o Senado ainda será decidida pela Justiça devido ao fato de seu mandato ter sido cassado sob a acusação de compra de votos. Já Lucas foi deputado estadual e assessor do senador José Sarney (PMDB-AP).

Segundo a última pesquisa Ibope, feita entre 15 e 17 de outubro, Capiberibe está em primeiro lugar e recebeu 50% das intenções de voto. Lucas obteve 43%. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. (Com agências noticiosas)

sábado, 23 de outubro de 2010

Faltou governo, faltam propostas, sobrou a violência

A violência física e a virulência verbal não deveriam fazer parte da disputa democrática. Como também não deveriam fazer parte da democracia a omissão, a mentira, a manipulação, a compra de votos, o abuso do poder econômico e do poder político. É inaceitável, também, o uso de concessões públicas a seu favor por pequenos grupos em desvantagem para a maioria da população. A democracia é o embate das ideias de diferentes forças políticas, uma evolução da sociedade moderna. Mas há os que não se desapegam das raízes gregas considerando-a apenas o direito de uma casta, enquanto submetem os demais, a maioria, à subserviência e à apatia, como faziam os senhores com os escravos na sociedade grega.
Nos últimos anos, o Amapá viu sua situação de qualidade de vida deixar o grupo de estados medianos, 18ª posição (FIRJAN, 2000), para ir à penúltima posição (26º), junto com Maranhão (25º) e Alagoas (27º) (FIRJAN, 2007).
O índice FIRJAN de desenvolvimento dos municípios aborda indicadores de emprego e renda, educação e saúde. O índice do Amapá (0,5740) está abaixo da média dos estados brasileiros (0,6467) e significativamente abaixo da média brasileira (0,7478).
As quedas constantes no ranking revelam que enquanto houve crescimento nos demais estados, o Amapá não teve o mesmo desempenho. Pelo menos 15 estados brasileiros cresceram entre 20% e 30% e 9 estados entre 10% e 20% desde 2002. O Amapá ficou com o segundo pior desempenho do país – apenas 8,8%.
Desde 2001, a transferência constitucional de recursos da União para o Amapá cresceu 2,6 vezes. A quota do Fundo de Participação dos Estados que cabe ao estado, repartindo o crescimento de todo o país, é 2,6 vezes maior agora do que foi no último ano do governo Capiberibe. Mas não se vê essa maior quantidade de dinheiro dando resultado nos serviços públicos e na qualidade de vida dos cidadãos. Fecharam vagas nas escolas estaduais, faltaram merenda escolar e professores, escolas caíram por falta de manutenção. Recém nascidos morreram na maternidade; a falta de medicamentos, profissionais e leitos tornou-se rotina desde 2003.
Nem os setores produtivos receberam o incentivo adequado do poder público, pela completa ausência de políticas que incentivassem a produção, o transporte e o comércio de produtos locais. Por isso, quando PSB e PT governaram juntos o Amapá, o retorno de ICMS aos cofres do estado era o dobro do que é hoje.
São essas questões que precisam estar na linha de frente do debate eleitoral. Só para aqueles que são contra os interesses coletivos, que são contra à população interessa uma campanha de baixo nível, de manipulação, de factóides e de violência. É atrás disso que o grupo político liderado por quem se refestelou no poder nestes últimos anos, esconde que não tem interesse no desenvolvimento coletivo, na distribuição de renda, na justiça social, nos serviços públicos de qualidade e na cidadania. Os indicadores de qualidade de vida mostram o que eles fizeram com o Amapá. A falta de serviços e de segurança também.
É urgente devolver o estado e os poderes públicos do Amapá ao povo amapaense, reinstalar a política de desenvolvimento sustentado e sustentável da economia e das cadeias produtivas locais, retomar o investimento nas políticas públicas e serviços essenciais e, inegavelmente, intensificar o combate à corrupção. Interessa à Frente Popular debater essas ideias e torná-las ações efetivas de governo. A vontade de mudar da maioria da população também quer isso.
Desejo restabelecimento ao Wagner Barbosa de Aleluia, que não conheço, mas considero vítima dos desmandos da história recente do Amapá.

PS.: Wagner é militante do PTB e levou um tiro. A Polícia está investigando. Ele foi operado, perdeu o baço e parte do fígado. Seu estado é estável.

Nota de esclarecimento do Partido Socialista Brasileiro - AP

Desde a divulgação de uma pesquisa de opinião apontando a liderança do nosso candidato Camilo Capiberibe, a nossa campanha vem sofrendo todo tipo de agressões.
Na madrugada de hoje um fato criminoso ocorreu nas proximidades da sede do Partido Socialista Brasileiro.
Uma pessoa foi baleada. O autor dos disparos ainda é desconhecido.
O fato ocorreu durante a madrugada deste sábado, por volta de 1h30. Naquele momento a sede do Partido Socialista Brasileiro já se encontrava fechada. O PSB não conta com vigilante armado e cumpria agenda em Porto Grande e Ferreira Gomes.
A jornalista e blogueira Alcinéia Cavalcante, em matéria que fez sobre o fato narrado, afirma no final o seguinte: "Na calçada do PSB funciona uma lanchonete. É possível que a agressão tenha partido de frequentadores dela, é possível que os agressores não sejam militantes do PSB. Se os agressores são frequentadores da lanchonete a dona da lanchonete poderá identificá-los. Com certeza, ela será interrogada pela Polícia. Caberá à Polícia investigar e chegar aos autores das pedradas e do tiro."
Diante dos fatos, o Partido Socialista Brasileiro repudia qualquer ato de violência e afirma que nada tem a ver com o ocorrido, deseja ainda que a vítima se restabeleça de pronto e pede à polícia que esclareça os fatos o mais rápido possível.
O candidato da Coligação Frente Popular ao governo, Camilo Capiberibe, encontra-se a frente em todas as pesquisas para o governo no Estado.
Fatos obscuros como esse tem sido usados para fins eleitoreiros no intuito de tentar prejudicar a nossa campanha pela mudança do Amapá.

Claudio Pinho Santana
Secretário Geral do PSB/AP e representante legal da Coligação Frente Popular

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Supremo volta a julgar Lei da Ficha Limpa na quarta

POR RODRIGO HAIDAR*
O Supremo Tribunal Federal volta a julgar a validade da Lei Complementar 135/10 (Lei da Ficha Limpa) na próxima quarta-feira (27/10), a quatro dias antes do segundo turno das eleições. Os ministros julgarão recurso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), candidato ao Senado, que teve o registro de candidatura barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O caso de Barbalho é semelhante ao de Joaquim Roriz, ex-candidato ao governo do Distrito Federal. Em 2001, o político paraense renunciou ao cargo de senador para escapar de um possível processo de cassação no Senado. A diferença é que depois da renúncia, Roriz não havia mais sido eleito. Já Barbalho foi eleito deputado federal em 2002 e 2006. Nas eleições deste ano, foi o segundo candidato ao Senado mais votado no Pará, com 1,79 milhão de votos.
“Quero ver como irão dizer que a lei não retroage para prejudicar o político neste caso. O candidato teve o registro deferido pela Justiça Eleitoral duas vezes depois da renúncia. Foi eleito e exerceu o mandato. Então, exerceu irregularmente?”, questionou um ministro do STF à revista Consultor Jurídico.
Para colocar o recurso na pauta do tribunal os ministros devem ter encontrado alguma solução para o caso. Assessores afirmam que o Supremo não voltaria a julgar o tema para chegar a um novo impasse. Observadores do STF chamam a atenção para a ministra Ellen Gracie. Ela é a integrante do colegiado que se envolveu de forma menos apaixonada com o assunto.
No julgamento em que o Supremo derrubou a verticalização, Ellen sustentara a inconstitucionalidade de lei eleitoral vigorar no mesmo ano de sua edição. Embora tenha decidido diferente agora, é a única votante que pode ceder no sentido de abrir o segundo voto para o presidente, o que decidiria a questão.
Impasse supremo
Já na madrugada do dia 24 de setembro, os ministros suspenderam o julgamento da Lei da Ficha Limpa no caso Roriz, com o placar em cinco votos contra a aplicação imediata da norma e cinco votos a favor, porque não houve acordo sobre os critérios de desempate.
O que rachou o tribunal foi o conceito de processo eleitoral. Os ministros divergem sobre a submissão da lei ao princípio da anterioridade previsto no artigo 16 da Constituição Federal.
O artigo 16 da Constituição Federal estabelece que “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”. A Lei Complementar 135 foi publicada em 7 de junho deste ano. Assim, só poderia valer de fato a partir de 7 de junho de 2011. Na prática, só se aplicaria aos candidatos a partir das eleições municipais de 2012. Esse é o entendimento dos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso.
Os outros cinco ministros — Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Ayres Britto e Ellen Gracie — entendem que sua aplicação é imediata porque novas hipóteses de inelegibilidade não alteram o processo eleitoral. Logo, não teriam de cumprir o prazo de carência de um ano previsto na Constituição Federal.
Sobre este ponto é que se deu o impasse. Para os ministros que defendem a aplicação imediata da lei, só tem poder de interferir no processo eleitoral uma regra que desequilibra ou deforma a disputa. Como a Lei da Ficha Limpa é linear, ou seja, se aplica para todos indistintamente, não se pode afirmar que ela interfere no processo eleitoral. Logo, sua aplicação é imediata.
*RODRIGO HAIDAR é correspondente da revista Consultor Jurídico em Brasília

Jornal do Dia manipula para atacar a Frente Popular

Engajado na campanha de Lucas Barreto, apesar de não tratar disso de modo honesto e transparente com seus leitores, o Jornal do Dia se esmera na manipulação dos fatos com o objetivo de atingir o candidato Camilo Capiberibe e, como já fez sem sucesso no primeiro turno, também a deputada federal reeleita Janete Capiberibe e o senador eleito João Alberto Capiberibe.
Usando jogos de palavras inadequados ao jornalismo promove ideias discriminatórias, típicas dos regimes sectários e totalitários – e não dos regimes democráticos que defendem e respeitam as diversidades; reclama de censura quando há o pleno funcionamento das instituições democráticas e se mostra saudosista dos métodos da ditadura militar para defender a candidatura à qual aderiu, mesmo que, no intuito de apresentar-se imparcial e isento, não declare sua escolha aos leitores.
Em pleno regime democrático, no exercício dos direitos que a democracia possibilita, dentre eles a liberdade de imprensa, pela qual Janete e João Capiberibe renunciaram a parte da sua vida pessoal, o Jornal do Dia usa como fonte de pesquisa o site “Ternuma”, que congrega os pensamentos remanescentes mais despóticos e tiranos da ditadura militar, os mesmos que fizeram alvo em João e Janete Capiberibe mais de uma vez. João e Janete eram alvos por defenderem a democracia, a liberdade de imprensa e de expressão. Aqueles que os perseguiam, adeptos do totalitarismos, da força bruta, da opressão.
Quando, praticamente, todos os setores da sociedade brasileira se esforçam no sentido de consolidar a democracia, a simpatia do Jornal do Dia por aquele site torna-se, no mínimo, peculiar.
A matéria publicada nesta quinta, 21, com o título “Bolsa Estupro”, para atacar mais uma vez o candidato da Frente Popular, ofende o leitor pelas inverdades que contém. O co-autor do projeto citado na matéria panfletária do Jornal do Dia não integra o Partido dos Trabalhadores. Nem o deputado autor da proposta ao qual o projeto citado está anexado. Nenhum dos dois encontrou no Partido dos Trabalhadores abrigo para suas suas ideias esdrúxulas e de incentivo ao crime.
O projeto de lei 1.763/2007 não foi aprovado, ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados e, portanto, não há lei federal que pague a malfadada “Bolsa Estupro”. Uma pesquisa jornalista preocupada com a verdade constataria isso em menos dois minutos.
Proposta com tamanho descalabro não tem o apoio dos parlamentares da Frente Popular, conhecidos pelas suas posições em defesa da vida defesa, dos direitos da mulher e da integridade dos diversos segmentos reconhecidamente legais e honestos que compõe a sociedade brasileira diversa e, por isso, dinâmica e rica.
Ambos os partidos são conhecidos pela sua luta histórica em defesa da igualdade de gênero, da vida, da não violência, do respeito à lei, da democracia, da justiça social e da verdade. Fora dela o debate democrático não se sustenta e não passará de uma ditadura daqueles que se julgam acima das leis estabelecidas pela maioria constituída democraticamente e pela vontade livre do conjunto da sociedade, a quem tentam, de qualquer forma, impôr exclusivamente as suas próprias.

Camilo Capiberibe pediu à Eletronorte o Linhão do Bailique. Luz Para Todos estava pronto.




Dia 06 de junho de 2008, na assessoria da deputada Janete Capiberibe, acompanhei o deputado Camilo Capiberibe e a deputada Janete Capiberibe em reunião com a diretoria da Eletronorte para apresentar o abaixo assinado dos moradores do Arquipélago do Bailique pedindo a construção do linhão para levar energia firme do continente até às ilhas. Não havia, até então, nenhum pedido para a construção deste linhão pela estatal. Foi pela iniciativa dos socialistas e pela reivindicação dos moradores do Arquipélago que a Eletronorte decidiu por esta obra que não seria de sua alçada, conforme ofício que foi enviado pela Eletronorte ao deputado Camilo Capiberibe no dia 03 de julho seguinte.



Na época, distribuí a nota abaixo, com a manifestação da Eletronorte ao hoje candidato a governador pelo estado do Amapá, sobre a implantação da nova fase do Luz para Todos. Camilo Capiberibe tratou pessoalmente da inclusão do Bailique na 2ª fase do Luz Para Todos no Amapá, planejada pela própria Eletronorte por determinação do Ministério de Minas e Energia do Governo Federal.
O estado do Amapá é o único estado da federação onde o Luz Para Todos está sendo realizado diretamente pelo Governo Federal, por meio da Eletronorte, por que o Governo Estadual estava insolvente e não poderia receber os recursos federais para realizar o Luz Para Todos por meio da sua estatal de energia - CEA.

Eletronorte assume compromisso de construir o Linhão do Bailique
A construção do Linhão do Bailique, que levará energia firme do continente ao arquipélago, está prevista no segundo cronograma de obras do Programa Luz Para Todos, do Governo Federal. A segunda fase atenderá 19 mil famílias em todos os municípios do Amapá e, diretamente, 1.624 famílias das comunidades do Arquipélago do Bailique.
A informação consta de correspondência da Eletronorte em resposta ao requerimento da deputada federal Janete Capiberibe e do deputado estadual Camilo Capiberibe, que estiveram em audiência no órgão em junho passado. Naquela audiência, os parlamentares socialistas ouviram do assessor direto do presidente a Eletronorte, José Benjamin Souza Carmo, que a forma mais viável para a construção do Linhão era mesmo sua inclusão as obras do Luz Para Todos, como decidiu a estatal ao atender o pedido dos socialistas.
“O atendimento ao Arquipélago do Bailique está previsto no segundo programa de obras (beneficiando aproximadamente 1.624 famílias / 8.120 pessoas). Para viabilizar este atendimento será necessária a construção da Linha de Transmissão Rio Amazonas - Bailique (com travessia sub-aquática), garantindo desta forma o fornecimento de energia firme para o Arquipélago.”, afirma, em ofício, o Diretor-Presidente da Eletronorte Jorge Palmeira.
No Amapá, o programa Luz Para Todos é tocado pela Eletronorte, já que a insolvência e má gestão da CEA a proíbem de pegar qualquer tipo de financiamento. “O Amapá seria o único estado do país sem o Luz Para Todos se a Eletronorte não tocasse o programa”, disse o assessor direto do presidente a estatal, José Benjamin Souza Carmo, à deputada Janete e ao deputado Camilo. Outra possibilidade é o investimento de recursos próprios da Eletrobrás, transferindo o patrimônio para a CEA, “mesmo sabendo que nunca vamos receber”, frisou Souza Carmo.
Reserva – A construção do Linhão a partir de Santa Luzia do Pacuí, no continente, até o Arquipélago do Bailique é estimada em R$ 5 milhões. Segundo a deputada Janete Capiberibe, em 2001, o então governador João Alberto Capiberibe (PSB), antes de deixar o cargo para concorrer ao Senado Federal, havia reservado R$ 4 milhões para a obra.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Lucas Barreto e a bala no jornal O Globo


O candidato a governador pelo Amapá Lucas Barreto (PTB) figurou na página 02 do Jornal O Globo desta terça, 19. Barreto ilustra a coluna "Panorama Político" segurando uma bala de fuzil durante uma caçada que participou na Namíbia, África, em 2007, conforme informação dada por sua assessoria à coluna d'O Globo.

A imagem é bastante estranha para um postulante a governo num regime democrático. Poderia ser facilmente associada a terroristas de Oriente Médio.
Lucas Barreto foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, candidato a prefeito de Macapá em 2008 e um dos beneficiados pelos atos secretos do presidente do Senado José Sarney quando integrava o Conselho Editorial do Jornal do Senado precisar bater ponto ou vir à Brasília.
O Amapá tem mais de 90% de sua vegetação nativa preservada, grande potencial econômico extrativista e grande potencial pesqueiro não explorados por falta de incentivos e política públicas. Ah, além disso, um potencial turístico enorme, já que é a porta de entrada da Amazônia pelo rio Amazonas.
Um governador caçador com esse figurino é um péssimo garoto propaganda.
A imagem foi pega do vídeo postado no youtube http://www.youtube.com/watch?v=FkXxSUcrNz8&has_verified=1. É pedido autenticação para assistir o filme por que as imagens são fortes.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Desculpem amigos, vou votar no Serra. Sabem porque?

Recebi o texto abaixo por e-mail. Não sei quem é o autor (a). Mas vale por relatar o que leva muitos a votarem em José Serra. Nada mais que a propotência e o extremo egoismo elitistas. Leia abaixo.

Cansei de ir ao supermercado e encontrá-lo cheio. O alimento está barato demais. O salário dos pobres aumentou e qualquer um agora se mete a comprar carne, queijo, presunto, hambúrguer, iogurte, etc.
Cansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra algum, a gentalha toda vai para a noite. Cansei dessa tranqueiragem.
Nos aeroportos, no tempo do PSDB era uma tranquilidade. Pouca gente pra encher o saco. Pouca fila. Agora, um mundaréu de gente viajando, nao tem aviao que chega, uma gentalha da classe media viajando pro exterior, deslumbradas com a viagem, com o aviao, com as aeromoças. Argh ! Nao aguento isso. Ai que saudades daquele sossego bom para nós, gente seleta... fina... nós os verdadeiros brasileiros. Imagine esses babacas chegando na Europa, a imagem ruim que vão deixar por lá. Estamos preocupados com a imagem do Brasil no exterior. Transformaram os aeroportos brasileiros numa verdadeira RODOVIARIA !!! Mas que merda !
Cansei de ir em Shopping e ver a pobreza comprando e desfilando com seus celulares.
O governo reduziu os impostos para os computadores. A Internet virou coisa de qualquer um. Pode isso ? Até o filho da manicure, pedreiro, catador de papel, agora navegam...
Cansei dos estacionamentos sem vaga. Com essa coisa de venda a juro baixo e longo prazo, todo mundo tem carro; até a minha empregada tem !!! " É uma vergonha! ", como dizia o Boris Casoy. Com o Serra os congestionamentos vão acabar, porque como em S.Paulo, vai instalar postos de pedágio nas estradas brasileiras a cada 35 km e cobrar caro. Isso coloca um freio nessa classe media e nos pobres ainda mais.
Cansei da moda banalizada. Agora, qualquer um pode botar uma confecção. Tem até crédito oferecido pelo governo. O que era exclusivo da Oscar Freire, agora, se vende até no camelô da 25 de Março e no Braz. Vergonha, vergonha, vergonha...
Cansei de ir em banco e ver aquela fila de idosos no Caixa Preferencial, todos trabalhando de office-boys.
Cansei dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. O caseiro do meu sítio agora virou "empreendedor" no Nordeste. Pode? Cansei dessa coisa assistencialista de Bolsa Família. Esse dinheiro poderia ser utilizado para abater a dívida dos empresários de comunicação (Globo,SBT,Band, RedeTV, CNT, Fôlha SP, Estadão, etc.). A coitada da "Veja" passando dificuldade e esse governo alimentando gabiru em Pernambuco. É o fim da picada.
Cansei dessa história de PROUNI, que botou esses tipinhos, sem berço, na universidade. Até índio, agora, vira médico e advogado. É um desrespeito... Meus filhos, que foram bem criados, precisam conviver e competir com essa raça.
Cansei dessa história de Luz para Todos. Os capiaus, agora, vão assistir TV até tarde. E, lógico, vão acordar ao meio-dia. Quem vai cuidar da lavoura do Brasil? Diga aí, seu Lula...
Cansei dessa história de facilitar a construção e a compra da casa própria (73% da população, hoje, tem casa própria, segundo pesquisas recentes do IBGE). E os coitados que vivem de cobrar aluguéis? O que será deles? Cansei dessa palhaçada da desvalorização do dólar. Agora, qualquer um tem MP3, celular e câmera digital. Qualquer umazinha, aqui do prédio, vai passar férias no Exterior. É o fim...
Vou votar no Serra. Cansei, vou votar no Serra, porque quero de volta as emoções fortes do governo de FHC. Chega dessa baboseria politicamente correta, dessa hipocrisia de cooperação. O motor da vida é a disputa, o risco... Quem pode, pode, quem não pode, se sacode. Tenho culpa eu, se meu pai era mais esperto que os outros para ganhar dinheiro comprando ações de Estatais quase de graça? Eles que vão trabalhar, vagabundos, porque no capitalismo vence quem tem mais competência. É o único jeito de organizar a sociedade, de mostrar quem é superior e quem é inferior.
Eu ia anular o voto, mas cansei. Basta! Vou votar no Serra. Quero ver essa gentalha no lugar que lhe é devido. Quero minha felicidade de volta.” Os pobres e a classe media que se fodam!

O candidato da elite não quer que digam que ele é o candidato da elite

É proibido dizer que José Serra é o candidato da elite, dos mais ricos, daqueles que querem o poder para se locupletarem enquanto os mais pobres voltam à miséria.
Ouvi de Santina, que faz a limpeza na sala onde trabalho, que ela votaria na Dilma por que na época de FHC os pobres viviam no aperto e quase passavam fome, quando não passavam...
Da secretária que limpa minha casa ouço repetidas vezes que ela votará na Dilma por que durante o governo Lula conseguiu ampliar sua casa, comprar eletrodomésticos e um carro, financiados, como faz qualquer cidadão de classe média.
É a ascensão social que Lula faz questão de enfatizar, mas que na ignorância do debate que tomou conta do segundo turno fica, providencialmente para Serra, fora de discussão.
As pesquisas mostram que aqueles que tem renda superior a 20 salários mínimos votam muito mais em Serra do que na Dilma. Mas é proibido dizer isso. E a coligação de Serra pediu multa para a TV Record por que uma reportagem mostrou que, em São Paulo, Serra teve maior votação nos bairros ricos, enquanto Dilma foi mais votada nos bairros pobres. Mas isso, para o neocarola candidato a coroinha José Serra, não é censura nem ameaça à liberdade de imprensa... Ele e sua gangue são os únicos que ameaçam as liberdades neste país. Serra não pode admitir nem que é candidato da elite nem que está se lixando para as camadas mais pobres, a não ser para explorar sua fé e tentar converter em votos que o levem ao Planalto.



Folha de São Paulo
Sexta-feira, 15 de outubro de 2010 Poder A6
Vice-procuradora pede multa à TV Record
FELIPE SELIGMAN


A vice-procuradora-geral Eleitoral, Sandra Cureau, enviou ontem ao Tribunal Superior Eleitoral parecer favorável a aplicação de multa à TV Record por ter veiculado reportagem supostamente favorável a Dilma Rousseff.
A reportagem, que foi ao ar na semana passada, mostrava as regiões da cidade de São Paulo onde Dilma e José Serra saíram vitoriosos.
O pedido de multa foi feito pela coligação de José Serra (PSDB), que alegou que a TV fez propaganda da petista ao mostrar que Dilma venceu nos bairros mais pobres e Serra venceu nos mais ricos.
Para a Record, o pedido de multa "parece uma tentativa de censura e cerceamento da liberdade de imprensa". Em nota, a rede diz que a reportagem de 5 de outubro foi uma entre seis reportagens: "A avaliação de uma das matérias, isoladamente, é injusta, extemporânea e não retrata o contexto do trabalho imparcial dos nossos jornalistas".
"Os repórteres simplesmente registraram o resultado da eleição na cidade de São Paulo, demonstrando em que regiões cada candidato a presidente venceu."
Para Cureau, "não se sabe a partir de quais dados" chega-se à conclusão de que o reduto de Serra está nos Jardins e o de Dilma em Parelheiros.
O caso será analisado pelo TSE, o que ainda não tem data para ocorrer. Se a Record for condenada, poderá levar multa que varia de R$ 20 mil a R$ 100 mil.

O neocarola candidato a coroinha do Brasil

Na tentativa desesperada (e derradeira) de tentar chegar à Presidência da República, José Serra atrasa o debate político ao "vestir a fantasia de neocarola" e usar de má fé a fé do povo. Serra resgata dos discursos mais atrasados e totalitaristas e menos democráticos do passado brasileiro na sanha de atingir seu "sonho de menino" de brincar de ser presidente. Tenho repetido que José Serra usa os mesmos argumentos da TFP (Tradição-Família-Propriedade) que, junto com a mídia, a elite patrimonialista, industrial e agrária do país golpeou a democracia e levou o Brasil para o buraco de 21 anos de ditadura. José Serra se agarra aos argumentos de quem, no passado, disse combater. Fo**-se a Nação - ou o fiapo que há dela. O que ele quer é realizar seu desejo pessoal, nem que para isso tenha que se aliar aos seus (?) algozes do passado. Quem abriu mão das suas convicações políticas? Ou das que dizia ter?

Jornal Folha de São Paulo

Sexta-feira, 15 de outubro de 2010 Opinião A2
Deus: uma regressão política
FERNANDO DE BARROS E SILVA


SÃO PAULO - Boris Casoy - Senador, o senhor acredita em Deus?
FHC - Essa pergunta o senhor disse que não me faria.
Casoy - Eu não disse nada.
FHC - Perdão, foi num almoço, sobre esse mesmo debate.
Casoy - Mas eu não disse se faria ou não faria.
FHC - É uma pergunta típica de quem quer levar uma questão que é íntima para o público, uma pergunta típica de quem quer simplesmente usar uma armadilha para saber a convicção pessoal do senador Fernando Henrique, que não está em jogo. Devo dizer ao senhor Boris Casoy que esse nosso povo é religioso. Eu respeito a religião do povo, as várias religiões do povo, automaticamente estou abrindo uma chance para a crença em Deus.
Casoy - A pergunta não foi respondida. Não se trata de armadilha, nem de convicção pessoal.
O diálogo acima é famoso. Foi travado durante um debate feito a pouco dias da eleição para a prefeitura paulistana, em 1985. Jânio Quadros, que não estava presente, acabou eleito, para surpresa geral. A democracia engatinhava no país.
Hoje, 25 anos depois, podemos deduzir várias coisas dessa viagem no tempo. Uma delas: os progressistas eram menos cínicos. Quem entra no jogo eleitoral hoje está muito mais preparado para mentir. Sobre tudo, inclusive sobre Deus.
FHC foi pego de surpresa pela pergunta. Ela podia ser jornalisticamente legítima, mas a ele parecia evidente que a pauta (uma "armadilha") era politicamente regressiva. Isso também mudou muito.
A despeito das conquistas do país, a campanha hoje está sob o impacto de um intenso cerco conservador, sobretudo nos costumes.
Dilma parece disposta a fazer todas as concessões ao lobby religioso, o que é grave. Mas foi Serra quem arrastou esse cortejo do atraso para o centro da disputa política. Ao vestir a fantasia do neocarola, o tucano age mais ou menos como aqueles que acusavam FHC de ser ateu há um quarto de século.

Manifesto contra mentiras de José Serra

Apoie, assine e redistribua o manifesto contra as mentiras de José Serra e o uso eleitoreiro e de má fé que o tucano faz da fé do povo.

“Se nos calarmos, até as pedras gritarão”, dizem católicos e evangélicos"
“Se nos calarmos, até as pedras gritarão!”


Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em Abundância!

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:

Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional

Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Felix do Araguaia-MT

Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional

Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC

Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia

Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão

Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Vina- Maranhão

Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Felix do Araguaia /MT

Jether Ramalho, Rio de Janeiro

Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo

Professor Candido Mendes, cientista político e reitor

Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor

Zé Vicente, cantador popular, Ceará

Chico César, Cantador popular, Paraíba/São Paulo

Revdo Roberto Zwetch, igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo

Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ

Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia

Maria Victoria Benevides, professora, da USP

Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo

Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre

Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.

Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação

Frei Betto, escritor, dominicano

Luiza E. Tomita – Sec. Executiva EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)

Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional

Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP

Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz

Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins

Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos

Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó/SC

Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC

Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho

Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora

Pe. John Caruana, Rondônia

Pe. Julio Gotardo, São Paulo

Toninho Kalunga, São Paulo

Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)

Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia

Silvania Costa

Mercedez Lopes,

André Marmilicz

Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social

Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS

Darciolei Volpato, RS

Frei Ildo Perondi – Londrina PR

Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.

Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC

Pe. Luis Sartorel,

Itacir Gasparin

Célio Piovesan, Canoas.RS

Toninho Evangelista – Hortolândia/SP

Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília

Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE

Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina

Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó

Odja Barros Santos – Pastora batista

Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário

Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife

Rosa Maria Gomes

Roberto Cartaxo Machado Rios

Rute Maria Monteiro Machado Rios

Antonio Souto, Caucaia, CE

Olidio Mangolim – PR

Joselita Alves Sampaio – PR

Kleber Jorge e silva, teologia – Passo Fundo – RS

Terezinha Albuquerque

PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO

Padre Ferraro, Campinas.

Ir, Carmem Vedovatto

Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus

Padre Manoel, PR

Magali Nascimento Cunha, metodista

Stela Maris da Silva

Ir. Neusa Luiz, abelardo luz- SC

Lucia Ribeiro, socióloga

Marcelo Timotheo da Costa, historiador

Maria Helena Silva Timotheo da Costa

Ianete Sampaio

Ney Paiva Chavez, professora educação visual, Rio de janeiro

Antonio Carlos Fester

Ana Lucia Alves, Brasília

Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS

Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro

Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro

Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia

Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife

Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG

Fernanda Seibel, Caxias do Sul.

Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza

Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE

Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN

Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC

Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN

Elida Araújo

Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN

Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora

Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN

Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife

Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP

Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife

Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS

Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito

Targelia de Souza Albuquerque

Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE

Débora Costa-Maciel, Profª. UPE

Maria Theresia Seewer

Ida Vicenzia Dias Maciel

Marcelo Tibaes

Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás

Claudio de Oliveira Ribeiro. Sou pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP

Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES

Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ - Secretario do CEBI RJ

Sílvia Pompéia.

Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE

Dora Seibel – Pedagoga, Caxias do Sul

Mosara Barbosa de Melo

Maria de Fátima Pimentel Lins

Prof. Renato Thiel, UCB-DF

Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)

Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ, Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)

Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora

Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva,Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil

Irene Maria G.F. da Silva Telles

Manfredo Araújo de Oliveira

Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro

Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP

Adriano Carvalho.

Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/PR

Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano

Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS

Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia

M. Candida R. Diaz Bordenave

Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife

Xavier Uytdenbroek prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP

Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife

Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS

Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito

Targelia de Souza Albuquerque

Maria Lúcia F de Barbosa (Professora – UFPE)

Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo

Alessandro Molon, parlamentar, Rio de Janeiro

Adjair Alves (Professor – UPE)

Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL

Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS Suzano-SP

Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA

Carlos Caroso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etrnologia da UFBA

Isabel Tooda

Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco

Prof. Dr. Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Professor de Teologia PUC- Rio

Aristóteles Rodrigues - Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião

Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora

Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE

Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB

Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza

Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico

Nercina Gonçalves

Hélio Rios, pastor presbiteriano

João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ

Lucilia Ramalho. Rio de janeiro.

Maria tereza Sartorio, educadora, ES

Maria José Sartorio, saúde, ES

Nilda Lucia sartorio, secretaria de ação social, Espírito Santo

Ângela Maria Fernandes – Curitiba, Paraná

Lúcia Adélia Fernandes

Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP

Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP

Ruth Alexandre de Paulo Mantoan

José Luiz de Lima

Gilberto Alvarez Giusepone Júnior (Prof. Giba), educador, São Paulo

Leandro Grass - Educador e Sociólogo - Brasília

Demos e tucanos tentarão mudar o OGU 2011

O debate medieval (e mentiroso) sobre crença religiosa, que lembra os discursos pré-1964, levado por José Serra à campanha eleitoral, escondem a ideologia dos demo-tucanos frontalmente contra as políticas sociais e contra o investimento do poder público em políticas públicas, como creches e transporte de qualidade. Aliados de José Serra questionam o projeto orçamentário para 2011, especificamente em itens que preveem recursos para creches públicas, saúde da mulher e modernização dos transportes, inquestionáveis em qualquer país decende do mundo. Estes são José Serra e sua gangue, que escondem sua má fé ludibriando a fé do povo. A ditadura capitalista-militar patrocinada pela elite patrimonialista brasileira, latifundiária, industrial e banqueira em 1964, com apoio da mídia e dos mesmos segmentos atrasados das igrejas, usou argumentos idênticos para o golpe contra a democracia. A frase da mulher de José Serra acusando Dilma de 'assassina de criancinhas' tem a mesma sonoridade e o mal fundado argumento que os patrocinadores da ditadura usaram para aterrorizar a população com a ameaça de o Brasil ser tomado pelos "comunistas comedores de criancinhas".
O 2º turno que José Serra reivindicou (junto com Marina Silva) para debater projetos para o Brasil está focado apenas na sua ânsia pessoal. Chegar à presidência a qualquer preço. E devolver o Brasil à vassalagem própria de tucanos e demos à política norte-americana, enquanto escravizam a maioria do povo brasileiro.


Jornal Correio Braziliense
Sexta-feira, 15 de outubro de 2010 POLÍTICA 8
Mudanças trabalhosas


Creches são destaque no Orçamento deste ano e na campanha de Dilma

Se José Serra (PSDB) virar o jogo para cima da presidenciável Dilma Rousseff (PT), vai ter muito trabalho no Congresso para alterar uma peça orçamentária elaborada com todas as bandeiras ostentadas pela petista e com marcas reconhecidas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Além das projeções econômicas próprias do estilo que marcou o comando do Ministério da Fazenda nos últimos oito anos, projetos específicos da candidata do PT, apresentados durante a campanha presidencial, foram dispostos como prioridades na lista de investimentos da última Lei Orçamentária Anual (LOA) do governo Lula.

O que chama a atenção nas bandeiras patrocinadas pelo roteiro de despesas da União no próximo ano é que temas esquecidos no Orçamento de 2010, elaborado no ano eleitoralmente neutro de 2009, surgem com destaque neste ano. A política de atenção à mulher, um dos motes da candidata petista, tem na ampliação da rede de creches públicas o principal gancho na estratégia de aproximação com o eleitorado feminino. Na proposta orçamentária de 2011, o governo reserva R$ 891 milhões especialmente para as unidades de atendimento às crianças de mães trabalhadoras. No Orçamento executado este ano, segundo demonstrativo do Ministério do Planejamento, nenhum recurso foi destacado para o item.

A construção de quadras esportivas, promessa de campanha de Dilma, não recebeu nenhuma destinação específica no Orçamento do ano passado, mas, neste ano, a rubrica foi contemplada com dotação de R$ 730 milhões. A presidenciável do PT prometeu construir e reformar um total de 10 mil quadras nos próximos quatro anos.

Os recursos destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida tiveram aporte de 79% no Orçamento previsto para 2011. Dos 7,2 bilhões destinados ao programa no ano passado, o governo saltou para a reserva de R$ 12,9 bilhões no próximo período orçamentário. O Minha Casa é uma das marcas da campanha. Dilma chegou a prometer entregar casas mobiliadas para a população de baixa renda.

O trem-bala, com traçado do Rio de Janeiro a São Paulo, que já foi mencionado por Lula como ideia de Dilma, será contemplado com R$ 409 milhões. No ano passado, a reserva foi de R$ 282 milhões. O trem de alta velocidade é rejeitado pelo candidato tucano e deve ser um dos primeiros itens cortados por Serra caso vença a eleição. (JJ)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Serra ignora perguntas e critica jornal

E o paladino da liberdade gosta tando que quer exclusividade para si.

Jornal Folha de São Paulo
Quinta-feira, 14 de outubro de 2010 Poder A8
Serra ignora perguntas e critica jornal
BRENO COSTA


Tucano acusou "Valor" de fazer "manchete para o PT colocar no horário eleitoral" e reclamou de "pauta petista"

Diretora de Redação do jornal rebate ataque e diz que declarações de candidato do PSDB são "lamentáveis"

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou ontem a imprensa e acusou o jornal "Valor Econômico" de atuar em favor da adversária Dilma Rousseff (PT). Por duas vezes, o tucano ignorou perguntas de jornalistas, afirmando que eram "pauta petista".
"O seu jornal faz manchete para o PT colocar no horário eleitoral", disse Serra, em Porto Alegre, a um jornalista do "Valor", após ser questionado sobre o caso do ex-diretor de engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto.
Segundo reportagem da revista "IstoÉ", que foi usada por Dilma no último debate, o engenheiro "fugiu" com R$ 4 milhões arrecadados extraoficialmente com empreiteiras -ele era responsável pelo controle das maiores obras viárias de São Paulo.
"Eu sei que, no caso, vocês não têm interesse na Casa Civil, naquilo que foi desviado. Seu jornal, pelo menos, não tem. Agora, no nosso caso, nós temos. O resto é factóide petista", disse.
A resposta de Serra, ao criticar o "Valor", não se referia, no entanto, a Paulo Preto.
Fazia menção implícita a uma entrevista com David Zylbersztajn, diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo) no governo FHC, na qual falou sobre sua visão do modelo de concessão do pré-sal.
Dilma disse no debate que Zylbersztajn, chamado de "principal assessor energético" de Serra, é a favor da "privatização do pré-sal".
A diretora de Redação do "Valor", Vera Brandimarte, lamentou as declarações. "O jornalista [Sérgio Bueno] só estava fazendo o trabalho dele, que é perguntar. Todos os candidatos devem estar dispostos a responder questões, mesmo sobre temas que não lhes agradem", disse.
"É lamentável que diante de uma pergunta que não o agradou, o candidato José Serra tenha reagido de forma explosiva, atacando o jornal, ou mesmo o jornalista", afirmou Brandimarte.
Em Rio Grande (RS), o tucano negou ter recebido um e-mail com reclamações contra Paulo Preto.
A Folha revelou ontem que, em novembro de 2009, o então vice-governador Alberto Goldman (PSDB) mandou um e-mail a Serra criticando a atitude "arrogante" e "vaidosa" de Paulo Preto.

Colaboraram GRACILIANO ROCHA, enviado especial a Rio Grande, e DANIELA LIMA, de São Paulo